No início do século XX, alguns cirurgiões realizavam a retirada de excesso de pele na face e couro cabeludo com o objetivo de tratar a flacidez na face e promover rejuvenescimento facial. Entre os cirurgiões pioneiros, destacam-se Hollander (Alemanha, 1901), Lexer (1906), Miller (1907), Passot (França, 1919).

Eram cirurgias rudimentares, dada a precariedade de recursos da época. Em 1920, Bettman aprimorou a técnica descrevendo o acesso pré-auricular e temporal que determinava uma cicatriz rente a orelha similar àquelas obtidas nos dias de hoje.

Nos próximos 50 anos, pouco se avançou no campo das Ritidoplastias ou Lifting Facial.

No início da década de 70, um cirurgião sueco (Tord Skoog) publicou seu livro de cirurgia plástica, onde ressaltava a importância de tratar o plano profundo à pele. Ou seja, a face devia ser rejuvenescida não só na pele, mas também nas suas estruturas mais profundas.

Em 1976, os autores Mitz e Peyronie descreveram anatomicamente este plano profundo como o SMAS (sistema músculo-aponeurótico superficial da Face).

Na década de 80, autores como Tessier (França) e Psillakis (Brasil) foram pioneiros da cirurgia profunda ou subperiostal para o rejuvenescimento facial (lifting subperiostal).

Esta foi a base para o surgimento da cirurgia vídeo-endoscópica da face. Esta cirurgia permite o rejuvenescimento da face através de orifícios no couro cabeludo evitando-se cortes mais extensos. Este avanço se deu no início da década de 90. Entre os pioneiros desta técnica, destacam-se Ramirez e Vasconez.

Nos dias de hoje, os cirurgiões plásticos colhem os frutos de todo este avanço do passado, descrito anteriormente.

Não existe uma técnica única que se aplique a todos os casos.

O cirurgião deve conhecer todas as modalidades e técnicas cirúrgicas e aplicá-las às necessidades de cada caso. Seja como for, o mais importante é que se alcance resultados satisfatórios com naturalidade.

Há alguns anos, era comum observarmos estigmas da cirurgia de face: “caras esticadas”!

A cirurgia moderna não deve esticar o rosto, mas apenas reposicionar os tecidos. Colocá-los na posição em que eles ocupavam na época mais jovem da vida. Portanto, estas estruturas (pele, subcutâneo, músculos) devem ser erguidas (vetor vertical) e cada vez menos tracionadas lateralmente.

Cabe salientar também a importância dos procedimentos não cirúrgicos, como peelings, preenchimentos e toxina botulínica, que podem ser realizados com um intuito de adiar uma cirurgia. Ou ainda, podem ser combinados com a cirurgia para potencializar o seu efeito!

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Autor: Carluz Miranda