O hábito de inalar fumaça obtida da queima do tabaco é uma prática ancestral que teve origem nas tribos primitivas, principalmente da América Central e América do Sul. Inicialmente, o tabaco era enrolado em papel ou palha de milho, mais tarde, em cachimbos, evoluindo para o charuto e o cigarro industrializado como temos nos dias de hoje.
Muitos estudos científicos evidenciam os malefícios do cigarro! O cigarro tem centenas de substâncias químicas, destacando-se a nicotina, alcatrão, amônia, para-metoxibenzaldeído.
Normalmente, o pulmão de uma pessoa saudável capta o oxigênio da atmosfera e o transfere para todo o corpo através da corrente sanguínea. Inalar fumaça ao invés de ar atmosférico causa dano ao pulmão. Os alvéolos (pequenas estruturas que formam os pulmões) são lesados.

Conseqüentemente, a troca gasosa fica prejudicada. O organismo capta menos oxigênio e retém mais gás carbônico. Os pulmões ficam pretos, devido ao alcatrão. O indivíduo fumante sente-se fraco, cansado, apresenta tosse, mau cheiro e mau hálito. A evolução do quadro pode culminar no enfisema pulmonar.
Os prejuízos respiratórios causados pelo tabagismo são fáceis de serem compreendidos. Acontece que os malefícios causados pelo fumo vão além dos respiratórios. O ato de fumar também causa grandes transtornos no sistema circulatório.

É nesse ponto que se estabelece a relação de risco com a Cirurgia Plástica. As substâncias químicas presentes no cigarro, especialmente a nicotina, causam estreitamento dos vasos sanguíneos aumentando o esforço cardíaco e favorecendo o surgimento de doenças vasculares e coronarianas.
Quando o cirurgião plástico realiza suas cirurgias, ele “molda” o tecido vivo, diferente de um escultor que molda a pedra, o barro ou a madeira. E esse tecido vivo a ser moldado (mama, nariz, abdome, orelha, face, etc.) depende de um suporte circulatório adequado para suportar as manobras realizadas durante um ato cirúrgico. Portanto, o paciente fumante que se submete a uma cirurgia plástica deve ser orientado sobre os riscos que o tabagismo exerce na micro circulação (aquela que acontece nos capilares sanguíneos).

Logo, o paciente tabagista deve saber que ele é mais susceptível ao desenvolvimento de complicações decorrentes da má circulação, tais quais, sofrimento de pele, deiscência de suturas, infecções, e até necrose de tecido; isso sem falar nas doenças tromboembólicas.
Contudo, é importante salientar que o tabagismo não é contra-indicação para a realização de uma cirurgia plástica. O paciente deve informar ao seu cirurgião. Este irá indicar cirurgias de menor porte, com menor tempo de duração. Irá proceder técnicas cirúrgicas mais seguras com menor descolamento de tecidos, além de tomar medidas de segurança, bem como o uso de medicamentos vasodilatadores, quando julgar necessário.
Vale lembrar ainda que o estímulo nocivo e constante do cigarro pode causar degeneração celular favorecendo o surgimento de câncer de pulmão, garganta, boca. O cigarro é considerado o principal fator de risco para o câncer de pulmão!
Enfim, parece óbvio que fumar faz mal a saúde. E não tem como ter estética e beleza sem ter saúde. Todas andam juntas. O charme e a elegância do cigarro na década de 50 retratadas nas telas de cinema ficaram para trás. Fumar está em desuso! O fumante teve seu habitat reduzido através de leis que proíbem o ato de fumar em diversos ambientes públicos e privados. Seria o fumante uma espécie ameaçada de extinção?

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